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Publicado em 09/04/2017

   Às vésperas do início do plantio da nova safra de trigo na Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam), o Departamento de Economia Rural (Deral), núcleo de Campo Mourão divulgou ontem que a área com o cereal este ano será 11% menor que em 2016. De acordo com os dados, os produtores da região vão plantar este ano 115 mil hectares de trigo contra 130 mil do ano passado. A produção prevista para esta safra é de 339 mil toneladas ante 364 mil ton em 2016, volume 9% menor.

 

   Os principais vilões para a redução da área são os preços baixos e o alto custo de produção do grão que acabam desestimulando o produtor, conforme o economista do Deral, Anderson Roberto dos Santos. “Esses fatores dificultam muito a vida do produtor na hora da comercialização”, falou. Ontem a saca do trigo estava cotada a R$ 32, porém, de acordo com Santos, dificilmente este preço se mantém até a colheita. “Na hora da colheita o valor despenca deixando o cereal sem preço no mercado”, disse.

 

   Além da desvalorização do grão, outro agravante para o produtor é o custo de produção do cereal. O produtor desembolsa hoje por saca, segundo o Deral, R$ 38 em média. Se for contar o custo operacional, que é considerado a depreciação da máquina, seguro, e remuneração do capital, fica ainda mais alto, podendo chegar a R$ 49 o custo de produção. “Se não tiver uma produtividade excelente o produtor não consegue nem cobrir os custos”, alertou Santos.

 

   De acordo com o Deral, a região deve dar largada ao plantio a partir do próximo dia 20. Muitos produtores estavam inclusive esperando as chuvas desta semana para iniciar a semeadura. “A expectativa é que o clima contribua também para o trigo, assim como foi para a soja e vem sendo para o milho”, comentou Santos.

 

PARANÁ

 

   De acordo com estimativas da Seab, no cenário estadual, a tendência é de recuo de 3% na área plantada com trigo, devendo ocupar um total de 1,05 milhão de hectares, cerca de 40 mil hectares a menos que no ano passado.

 

   A expectativa de produção aponta para um volume de 3,3 milhões de toneladas, uma redução de 4% em relação ao ano passado. A confirmação dessa expectativa depende do clima. O recuo no plantio de trigo está sendo substituído pelo plantio de plantas forrageiras e de cobertura, que protegem o solo.

 

   O trigo é o principal grão cultivado no inverno no Paraná, o que deverá alavancar também um recuo na área plantada dos cereais de inverno, em cerca de 4%. Mas grãos como centeio e cevada terão aumento de área de 13% e 22%, respectivamente.

 

   De acordo com Deral, o principal fator de redução no plantio do trigo é a falta de estímulos ao produtor, com rentabilidades negativas nas últimas safras. O preço, em torno de R$ 31,00 a saca, não cobre os custos de produção e está abaixo do preço mínimo de garantia, que é de R$ 38,65 a saca.

 

   Atrelado a esses fatores, o cenário de recomposição dos estoques mundiais do cereal com o bom desempenho da produção e elevação da oferta nos Estados Unidos, Austrália e na Argentina - principal fornecedor e garantidor do suprimento interno do Brasil -, está intimidando a expansão da produção brasileira e paranaense de trigo.

Fonte: ITribuna

Foto: Divulgação

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