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Aconteceu ontem (24/04) a audiência pública para debater sobre a responsabilidade dos órgãos competentes em relação a implantação de redutores de velocidade na BR 369 nos trevos de acesso do Pensamento e Canjarana.
A audiência contou a presença dos inspetores Félix Ribeiro da Silva e Antônio Gradin, ambos da Polícia Rodoviária Federal de Cascavel; o Sr. Ronaldo Parpinelli, Gerente de Operações da Viapar e também o Sr. Carlos Guilherme P. dos Santos - Engenheiro Chefe do DER de Maringá.
Iniciando os trabalhos, o vereador Januário usou a palavra para questionar o Engenheiro Chefe do DER, explanando a dificuldade encontrada pelos vereadores em conseguir identificar qual seria o órgão competente pela realização da implantação dos redutores, uma vez que quando procuravam um órgão, o mesmo encaminhava a responsabilidade para outros.
Publicado em 25/04/2017
O primeiro a se manifestar foi o Inspetor Félix, da Polícia Rodoviária Federal de Cascavel, que explicou o funcionamento da jurisdição da PRF sobre as rodovias e indicou uma particularidade da BR 369, que, apesar de ser uma rodovia federal, tem por força de contrato de concessão, vínculo ao Estado, o que transfere a regulamentação da rodovia ao DER.
O Inspetor aproveitou para destacar que, a implantação de um redutor de velocidade por si só não é suficiente para coibir os acidentes que ocorrem naquele trecho. Segundo Félix, a conscientização dos motorista é fundamental para que os índices de acidentes diminuam.
Ele comentou alguns casos presenciados diariamente onde muitos motoristas ignoram as sinalizações existentes nas vias e agem com imprudência, independente da existência de redutores ou até mesmo de policiais nas vias.
Em seguida, o Sr. Ronaldo Parpinelli, Gerente de Operações da Viapar, também fez uso da palavra e explanou os esforços da Viapar em manter as rodovias sob sua concessão em perfeitas condições de uso e explicou que, a Viapar pode realizar a manutenção e melhorias nas vias desde que, o órgão regulamentador, no caso o DER, determine que estas alterações sejam realizadas. Ronaldo destacou que a Viapar não se opõe a nenhuma determinação que vise assegurar uma maior segurança as estradas sob sua responsabilidade.
Ronaldo concordou com o Inspetor da PRF de que a ação conjunta dos três órgãos é que farão a diferença para a solução do problema dos trevos.
Segundo ele, a Viapar executa com frequência manutenções, evitando obstáculos na pista e maior visibilidade aos motoristas, com execução de roçadas e limpezas constantes.
O vereador Hildebrando lembrou que neste mesmo trevo, em 1981, seu pai veio a falecer vítima de um acidente e que, 2 ou 3 anos depois, perdeu também um primo com apenas 6 anos de idade no mesmo local. Ele destacou que desde aquela época já foram relatados muitos acidentes naquele local e que, nem sempre são incluídos nas estatísticas pois muitos sobrevivem porém carregam sequelas dos acidentes por toda a vida.
Também falou Sr. Carlos Coelho, representando o prefeito Ricardo Radomski, que não pode comparecer na audiência, mas que reiterou o apoio da prefeitura e elogiou a iniciativa da câmara e da população.
O vereador Jairo Arruda lembrou da audiência pública convocada em 2010 e ressaltou os resultados positivos provenientes daquela audiência e destacou que haverá esforços de todos os vereadores junto a suas bases políticas para viabilizar a execução das benfeitorias assim que o DER aprovar a execução das mesmas.
Já em relação ao trevo que dá acesso a comunidade Pensamento, é necessário que seja feito todo o processo de estudo técnico.
O vereador Chitão questionou qual seria o prazo para execução deste estudo e qual seria o andamento do processo para que os vereadores possam acompanhar e cobrar as autoridades. O inspetor Félix informou que o processo de estudo técnico pode ser feito em até 30 dias, e que, somente após a realização deste, será possível determinar a necessidade ou não de alterações no trevo de acesso do Pensamento.
Também foi destacado que o custo de instalação destes redutores é elevado, sendo de, em média, R$ 50.000,00 por pista. Por isso, mesmo com a aprovação para a instalação dos redutores, seja necessário aguardar a aprovação do orçamento do próximo ano para garantir recursos para aquisição e instalação dos mesmos.
Vereador Januário questiona DER
Inspetor Félix, PRF de Cascavel
Ronaldo Martineli, Gerente da VIAPAR
Carlos Guilherme, Engenheiro do DER
Protocolo consultado no site do DER mostra que processo sobre o trevo do Canjarana iniciou em 10/07/2015
Vereador Chitão questiona sobre prazos de execução
Vereador Hildebrando fala sobre acidentes com familiares e sequelas de sobreviventes
Por fim, o Sr. Carlos Guilherme, Engenheiro Chefe do DER de Maringá, explicou o que já está sendo feito e o que ainda precisa ser estudado para que o DER determine a instalação ou não destes redutores.
Em conformidade com a informação dada pelo inspetor Félix, Carlos explicou que existem estudos baseados em estatísticas que apontam outros pontos de maior incidência de acidentes nas rodovias de responsabilidade do DER e que, estes pontos são classificados e estudados sobre a viabilidade de alterações ou instalação de redutores quando necessários.
Segundo e engenheiro do DER, o trevo que dá acesso ao patrimônio do Canjarana já está em um processo mais adiantado, pois já foi realizado um estudo técnico do local em meados do ano passado e foi constatada a necessidade da implantação de um redutor de velocidade no local. Ele informou que esse processo já está em fase final, coma diretoria do DRE e está aguardando aprovação para que o processo seja encaminhado a Viapar para execução.